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Na Dúvida, Não Hospede!
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Não somos contra as pessoas que realizam o serviço de hospedagem com amor. Hoje, temos contato e conhecemos cuidadores que são apaixonados pelo que fazem e tratam a nossa família como a sua;
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Não há nada de errado em empreender ou prestar um trabalho e ser, dignamente, pago por isso. O erro está em não fazer o certo.
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Esse texto serve como alerta para quem necessita da utilização deste trabalho e tem incertezas sobre quem zelará e onde deixarão seu(s) filho(s)
Aos que buscam o serviço de hospedagem para os seus filhos, principalmente por meio de aplicativo - mas também em hoteizinhos, fica a mensagem da importância da atenção redobrada ao conhecer quem se manterá responsável pelo cuidado dele(s), além do ambiente que permanecerão. Pesquise, busque referências - se possível, escolham locais onde possam monitorá-los e a qualquer suspeição de que algo não esteja bem, desconfie e faça o máximo para que tudo seja esclarecido, como por meio de ligações por vídeo ao vivo e/ou encaminhamento ao veterinário(a) de confiança. Infelizmente, mesmo com todas as precauções que tivemos, achávamos que o Tommy e a Zara estavam protegidos de uma barbárie - o que de fato, não aconteceu.
Aos que se dispõe como anfitriões, não pensem apenas no lado financeiro - não tem problema fazer um bom serviço e receber por isso. Mas, todo trabalho deve ser bem feito - ainda mais quando vidas estão envolvidas e a felicidade de uma família é depositada na sua função; uma grande e correspondente responsabilidade é exigida. Se tiverem dúvidas sobre a possibilidade em ofertar o melhor cuidado, não se disponha em receber os nossos filhos. Caso você busque uma renda, saiba que esse não é um trabalho simples e sim demandante. Trate-os com amor e afeto - eles podem ser o que há de melhor na vida daqueles que confiaram em vocês. Àqueles que cuidam com “C maiúsculo”, que amam e zelam por nossos filhos como se fossem deles, merecem todo o nosso respeito e reconhecimento.
Para aqueles que empreendem, investindo neste meio, como através da criação de aplicativos: acreditamos sim nos possíveis benefícios da inovação e da tecnologia para a comunidade - desde que elas não sejam usadas com fins gananciosos e neste caso, colocando em risco a vida de nossos filhos em favor do lucro. Algo precisa ser revisto, uma ideia pode gerar emprego e renda, isso não é um problema. A questão é que, quando por ingenuidade, talvez por confiar num falso controle de qualidade que possam ter - que não acreditamos ser o caso, ou quando por ambição, essa ideia leve a morte e a destruição de uma família. A tecnologia deve ser moldada, adaptada para o bem comum - não substituindo a nossa humanidade. Não cabe a nós julgarmos vocês, mas empresas "qualquer" podem ter lucros milionários, crescer cada vez mais e pensar nas pessoas ou até mesmo nos nossos filhos de quatro patas como números, estatísticas, algoritmos. Porém, somos além disso, nós somos sentimentos, somos sensações, somos amor e também somos dor. O Tommy não era uma refeição a ser entregue por um restaurante, ele era vida e tudo pra nossa família.
O que peço a todos é algo que parece difícil de existir no mundo de hoje, a empatia - a habilidade de "enxergar através dos olhos dos outros" e mais que isso, a arte de também sentir a possibilidade do advento da dor no próximo, evitando-se então a tomada de ações ou omissões que possam desencadear ou intensificar o sofrimento alheio.
As vidas de nossos companheiros de quatro patas não podem ser vistas apenas como cifrões ou lucros.
Para ser grande, sê inteiro: nada
"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive".
Poemas de Ricardo Reis
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